sexta-feira, 27 de junho de 2008

A VER, O ROCAMBOLE DA FER

Já faz um tempinho que fiz essa receita de rocambole que descobri no site da nova "mufeira" (fazedora de muffins), a FER AYER .
A receita é bem simples, da vovó da Fer e nos permite abusar da criatividade quando se pensa no recheio.
Eu fiz com leite condensado cozido tal como a autora.
Na massa usamos:
6 ovos
1 xícara de açúcar
1 xícara de farinha de trigo
Bate-se as claras em neve. Em um outro recipiente bate-se as gemas e o açúcar até clarear e ficar uma mistura bem fofa. Aí, vai colocando a farinha de trigo aos poucos e por último as claras em neve, já com a batedeira desligada, apenas incorporando com uma espátula.
Usei uma assadeira retangular grande e embora a massa pareça pouca, ela cresce bastante, inclusive pode dar uma alisadinha com a espátula para o rocambole ficar bem fininho (aliás mais fino que o meu, pois não usei a técnica).
Assar em forno pré-aquecido de acordo com o gosto por massa mais clarinha ou mais escurinha. O tempo de forno é rápido.
Desenforme sobre um pano úmido para facilitar na enrolação. Coloque o recheio e enrole. Só não enrole pra comer porque é delicioso. Se desejar, a fim de dar um toque mais bonitinho pode polvilhar canela e açúcar.
Eu polvilhei com canela, açúcar e noz moscada.

Como eu disse no início do post a Fer faz muffins para vender e tem um "portfolio" de produtos muito especiais. Aproveitem e passem na MUFFERIA pra conferir.



domingo, 22 de junho de 2008

A SUSTENTÁVEL LEVEZA DO PLANETA...

A cozinha andou um pouco à meia luz nos três últimos dias da semana pois estive participando do GLOBAL FÓRUM AMÉRICA LATINA, que deu continuidade a um evento acontecido em Cleveland em 2006. Naquele momento e naquele local, líderes empresariais e representantes do mundo acadêmico se reuniram para identificar áreas de cooperação entre estes "dois mundos", visando promover ações efetivas para o desenvolvimento sustentável global.


Uma das propostas àquela época foi que o Fórum tivesse novas edições em caráter regional e o Brasil foi indicado para sediar o primeiro Global Fórum América Latina e lá fui eu ajudar a fazer essa farofa latino americana a ser servida ao mundo, aproveitada por todos e com ingredientes que respeitem, preservem, mantenham e sustentem adequadamente o nosso planeta.

Estavam presentes representantes do governo, sociedade civil, indústria e academia visando uma articulação para ações cooperativas e formação de alianças estratégicas entre estes quatro atores implicados na educação para a sustentabilidade.

Também visou a detecção e debate das necessidades empresariais que buscam o desenvolvimento sustentável, na capacitação dos que saem das escolas de ensino superior, bem como a formação de líderes inovadores preparados e conscientes de suas responsabilidades perante as demandas de um mundo global, e já que estou contando esta história no meu blog, poderia dizer também, demandas de um mundo "Blogal", pois acredito que também e principalmente estas redes da blogosfera podem se engajar e muitos blogs já o fazem, numa tentativa ímpar de conscientização, disseminação e enraizamente de uma nova mentalidade, nova forma de cuidar do mundo, consumir menos, produzir menos lixo, e não achar que o planeta é um eterno almoxarifado de onde apenas vamos tirando, tirando, tirando...e devolvendo lixo, sujeira e fumaça.
Tivemos apresentações de resumos científicos e relatos empresariais e também trocamos experiências e debatemos propostas de ação e engajamento.

Nos dois últimos dias, como numa enorme sala de aula, e com uma metodologia definida - A Investigação Apreciativa, procuramos estabelecer estratégias a ser implementadas de forma articulada, interdependente e mutuamente reforçadoras. Essa metodologia foi conduzida por Ronald Fry, da Weatherhead School of Management de Cleveland, um de seus formuladores.


A palavra catalisadora do encontro foi "Mudanças", pois as mesmas são feitas por pessoas e a conclusão é que a difusão do conceito de sustentabilidade nas empresas e nas escolas, passa por uma transformação que aconteça no plano pessoal.
Na segunda manhã tivemos cinco palestrantes plenamente envolvidos com o tema e que nos proporcionaram momentos de reflexão, de uma forma simples e por assim dizer, até bem humorada.

RICARDO YOUNG - INSTITUTO ETHOS

Teoria "U" - Demonstra que estamos na iminência do surgimento de um novo líder. Líder transformador da realidade que desafia seus próprios conceitos e tem a coragem de ousar. O líder herói está fadado à falência porque a sociedade clama para que a liderança tenha capacidade de olhar acima e além de interesses pessoais, da própria organização ou de seu setor.



OSCAR MOTOMURA - GRUPO AMANA KEY

"Pessoas devem subir no helicóptero e enxergar as conexões do departamento com a empresa, da empresa com a sociedade e subindo o helicóptero, conseguir enxergar sob o prisma do planeta". Não existe nada mais poderoso que a iniciativa das pessoas pois elas é que podem acelerar as mudanças. O lado negativo é quando as pessoas acham que já fizeram o bastante e deixam o resto do trabalho para os outros. Muitas pessoas atentam contra a sustentabilidade em razão do analfabetismo ecológico, por não saberem que o ato até pode ser pequeno, mas a intenção é muito grande."

CLÁUDIO DE MOURA E CASTRO - FACULDADE PITÁGORAS

"Sem informação e conhecimento não se dá passos para a frente.Havendo cooperação é possível empreender ações pelo benefício coletivo. É necessário trilhar todo o processo de educação, não se pode pular etapas. A intelectualidade brasileira já mudou e agora a mudança tem de chegar mais abaixo. É uma evolução interessante."
CHRISTINA CARVALHO PINTO - MERCADO ÉTICO

Necessidade de expandir a consciência sustentável para todas as faixas sociais e etárias da sociedade. Necessário fazer perguntas a si mesmo: o que eu gostaria de ser e fazer neste processo? Onde estão meus valores?
MARIO MONZONI - CENTRO DE ESTUDOS EM SUSTENTABILIDADE FGV

Percepção e consciência da necessidade de mudança da visão individualista e de repensar o coletivo. Mudança de foco na educação com foco em sustentabilidade pode ser feita com a introdução de uma metodologia não mais baseada na arrogância ou na sabedoria de apenas um só. Formar algo valioso no futuro, repensando o coletivo.


RAM CHARAN - CONSULTOR MUNDIAL DE NEGÓCIOS

O indiano se apresentou na tarde do segundo dia e estabeleceu 10 princípios para que tenhamos iniciativas de inovação social e criação de redes sociais sustentáveis. Disse que qualquer pessoa pode colaborar com o desenvolvimento sustentável de outra, de grupos ou de comunidades. Que a colaboração não exige dinheiro, mas tempo, dedicação, paixão e ferrramentas específicas. Sintetizou que a chave está em usar o cérebro, desenvolver a mente e o raciocínio lógico.
"Os analfabetos e os que vivem na pobreza, têm o poder de raciocinar e é com o raciocínio que devemos trabalhar. É preciso fazê-las falar e ouvi-las, orientá-las para articular o pensamento, para ter lógica. No mundo todo há casos de analfabetos que ergueram impérios e só depois aprenderam a ler e escrever".
Nas próximas postagens, mais detalhes do Fórum, da comida, do local e da continuidade dos trabalhos.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

QUEM MEU FILHO BEIJA, MINHA BOCA ADOÇA

De vez em quando as coleguinhas da minha filhota inventam de fazer a noite do soninho. Então escolhem a casa de uma delas pra passarem a noite, normalmente às sextas-feiras.
E então quando é hora de buscá-las no sábado, invariavelmente eu acabo voltando pra casa com mais de uma, além da minha própria menina.
É uma alegria, pois além da juventude, elas trazem ânimo, coragem, e uma ingenuidade gostosa de pequenas mocinhas com 10, 11 anos de idade. E acho importante terem uma convivência saudável e irem formando os laços de amizade, respeito, generosidade...
E foi num desses sábados que tivemos 3 florzinhas especiais pra compartilhar de nosso almoço: A Flávia, A Beatriz e a minha Bruna.
Preparei pra elas com muita simplicidade: Arroz branco, feijão, salada de alface americana com tomate, bife à milanesa e banana da terra frita.
O bife à milanesa aprendi a fazer com a minha mãe:
Tempero os bifes (uso patinho ou alcatra) com sal, orégano, alho, tiquinho de azeite, tiquinho de vinagre
Passo pela farinha de trigo com uma colherzinha de fermento em pó, pelos ovos batidos com uma pitada de sal e um pouquinho de azeite, e depois na farinha de pão.
Frito em óleo bem quente e pronto.



A banana da terra eu corto fatias em viés, coloco numa tigela e rego com azeite, açúcar, pitada de sal e espremo um limão ou uma laranja e deixo marinando. Na hora de fritas é só aquecer uma panela de fundo grosso, juntar as bananas, tampar, agitar a panela de vez em quando (não mexo com colher para não machucar os pedaços) e deixar no ponto preferido. O açúcar vai derretendo e ficando marronzinho, o azedo com sal e açúcar se confundem e é delicioso.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

CEM FUROS...

Quando éramos crianças, haviam coisas que comíamos apenas em ocasiões especiais, principalmente algumas sobremesas. Comuns eram as compotas caseiras de abóbora, pêssego, figo, mamão verde, laranja azeda, que eram feitas com esmero pelas avós. As laranjas passando dias em saco de algodão dentro de um tanque de água para perder o amargo, o mamão verde deixado de molho na cal, assim como a abóbora, os pêssegos e figos descascados um a um.
Em resumo, era sempre alguma fruta, normalmente do próprio quintal ou sítio, açúcar e fogão, normalmente o à lenha. Os doces mais elaborados e com ingredientes diferenciados como leite condensado, chocolate, castanhas e/ou bolachas, eram apenas para as ocasiões especiais como Páscoa e Natal, quando toda a família se reunia.
Uma dessas delícias era o clássico pudim de leite condensado que enchia a gente de vontade desde a abertura da latinha que corríamos para lamber a tampa e passar o dedo pela lata. E o que dizer de quando nos cortávamos e logo vinha o sangue misturado com o doce que tingia-se de rosa. Ai que delícia, ai que saudade !
E o que dizer das primeiras caldas de açúcar queimado que vi minha mãe fazer. Quanta ingenuidade, nunca ter pensado nisso antes, fazer um monte e comer de colher, na panela de fundo grosso e ouvir da mãe que raspando a panela era chuva no dia do casamento. Pois no meu, a chuva foi substituída por um frio em dobro. Raspei muita panela, que coisa boa.
Hoje fico feliz quando faço pudim de leite condensado em casa, porque meus filhos fazem uma festa e é como se eu voltasse no tempo e lembrasse de mim mesma.
Gosto do pudim com cem, mil, três mil furos e já me falaram que para isso o segredo é não bater muito no liquidificador. Mas nunca reparei se é por isso mesmo ou se esta é alguma explicação teórica científica que carece de aprovação. Pudim sem furos é furada, hehehe !
Então para um pudim com mais de cem furos eu bato no liquidificador:
1 lata de leite condensado
1 lata de leite
1/2 lata de nata ou creme de leite
3 ovos

Caramelizo o açúcar, coloco na forma de buraco e asso em banho maria por mais ou menos 40 minutos.
Deixo esfriar bem e desenformo.



quarta-feira, 4 de junho de 2008

PROJECT BLUE - THE BOY AND HIS DRUM

Como alguns já sabem, a fotógrafa Anna Carson tem lançado alguns "desafios coloridos" para leitores de seu blog. Basta fotografar de acordo com a cor sugerida. Desta vez a cor é o azul.

Então lá vão minhas fotos do desfile de aniversário de Brotas no dia 03 de maio.

THE BOY AND HIS DRUM