quinta-feira, 19 de março de 2009

AH..BÓBORA.

Não tenho idéia e nem tive curiosidade suficiente que me levasse a procurar quando foi que surgiu o leite condensado no Brasil. Sempre ouvi falar que na época da guerra ele facilitou a chegada de leite aos fronts, pois não estragava fácil e era cômodo para o transporte.
Também me lembro de algum adulto dizer que o destino do leite condensado era justamente se transformar em leite puro, apenas juntando-lhe água.
Mas, esse papo todo é porque me lembro que na minha infância o tal leite da latinha, que acabou virando figura de linguagem eternizado como Leite Moça, não era tão comum como hoje, tampouco tão usado.
Há quem diga inclusive que o leite condensado roubou muito da autenticidade dos nossos doces brasileiros mais simples e corriqueiros. E por falar em simplicidade e em infância, o que mais comíamos na minha época eram os doces caseiros com frutas. Minha avó fazia até mesmo doce de mandioca com calda de açúcar queimado que era muito gostoso. Também reside o fato de que nosso paladar não estava desvirtuado pelo leite condensado.
Em casa, mesmo quando faço os doces dos tempos das avós, não costumo usar muito açúcar (outro costume que era bastante comum).
Aí vai o meu jeito de fazer o doce de abóbora em pedaços, considerando que não tenho muita (ou quase nada) paciência de ficar mexendo panelas como minha avó fazia com seu doce de leite invejável.

Corto pedaços de abóbora em cubos e coloco em uma panela alta
Para cada Kg de abóbora, uso meio Kg de açúcar (minha avó usava um por um)
Jogo o açucar sobre a abóbora, tampo a panela e deixo de um dia para o outro sobre o fogão, sem acender fogo.
No dia seguinte o açúcar derreteu todinho e aí sim ligo o fogo baixinho com a panela destampada e vou deixando ferver até que a calda vá engrossando. O detalhe é que em nenhum momento é preciso mexer o doce. Só vou observando a panela, verificando se a calda não está secando muito rápido. Costumo usar pauzinho de canela e cravos.
Quando a calda estiver num ponto agradável, meio grossinho, desligo o fogo e chamo a criançada que obviamente já roubou alguns pedaços, antes mesmo do doce ficar pronto.
Este doce pode ser cristalizado, mas aí uso mais açúcar para a calda ficar "mais pesada" e depois que estiver bem apurado, é só escorrer os pedaços em uma peneira, passar os pedaços no açúcar cristal e deixar espalhados na própria peneira, no sol.

O INÍCIO DO PREPARO


O DIA SEGUINTE, COM O AÇÚCAR TODO DERRETIDO



O DOCE PRONTO E DIMINUÍDO, É CLARO.

terça-feira, 17 de março de 2009

ERA PRA SER À CARBONARA...


Não me lembro exatamente onde, mas outro dia, li uma uma receita de macarrão à carbonara e como o termo me chamou atenção, fui pesquisar a respeito. Bem, não cheguei à conclusão alguma, mas fiquei mesmo foi com vontade de comer um macarrão gostoso. E como sabemos, nossa vontade nunca está alinhada aos ingredientes disponíveis nos armários, tampouco aos que repousam na geladeira.
Mas também, quem foi que disse que precisamos seguir tudo sempre à risca. Ai do mundo se não fossem a curiosidade, a criatividade e as inovações.
O que eu tinha era panceta fresca temperada, creme de leite, queijo ralado e uma massa fresca, além dos temperos tradicionais e leite.
Então, piquei a panceta em cubinhos e fritei bem torradinha.
Com um pouco da gordura que sobrou da fritura da pança do porquinho, em outra panela, dourei uma cebola bem picadinha e polvilhei farinha de trigo. Juntei leite aos poucos até desmanchar a farinha e ficar um molho branco que temperei a gosto com sal e pimenta do reino. Depois de pronto, juntei uma caixinha de creme de leite.
Cozinhei a massa e juntei o molho branco. Coloquei numa travessa, salpiquei a panceta frita e cobri com uma camada de queijo ralado.

quarta-feira, 11 de março de 2009

BACALHAU DA VIDA...

Fui acompanhando minha mãe a fazer uma receita com bacalhau. Muito simples, muito fácil e muuuito deliciosa.
Perguntei quem a tinha ensinado, e ela me respondeu simplesmente: A vida !!!

Então, eis a receita de bacalhau da vida.

Dessalgar o bacalhau em postas de um dia para outro, trocando as águas e de preferência mantendo na geladeira.
Cozinhar levemente até que possa retirar as peles e os espinhos.
Picar os legumes preferidos (tomate, batata, mandioquinha, cenoura, vagem, pimentão,cebola, azeitona, cheiro verde).
Se gostar de ovos cozidos, coloque-os ao final, depois do prato pronto.
No fundo de uma panela de pressão alta, coloque tomates picados, depois camadas alternadas de bacalhau e de legumes, intercalando azeitonas e finalizando com uma camada de tomate. Regue com azeite a gosto e leve ao fogo. Quando sair pressão (demora um pouco), marque cinco minutos e desligue. Espere a panela parar de chiar, abra e coloque numa travessa. Nesse momento entram os ovos cozidos, mais azeitonas e mais azeite.
Ficará completo com um arroz branco e um vinho bem gostoso.
É a vida...


quinta-feira, 5 de março de 2009

EU QUERO É BOTAR MEU BLOG NA RUA...

"Há quem diga que eu dormi de touca...", mas a verdade e que no Brasil acostumou-se a dizer que o ano começa somente após o carnaval. Eu não vejo diferença, porque continuo trabalhando, continuo fazendo tudo como sempre e não fico presa às datas, a não ser pelo fato de que nos feriados prolongados podemos ficar mais tempo em Brotas.

Então, já que o Carnaval passou, que lá em Brotas pude colocar o bloco na rua, cá estou novamente pois o blog anda muito sem gás e abandonado. Não que não tivesse tido tempo, mas fiquei mesmo sem vontade pois já trabalho o dia todo com computador ligado, tendo de estar sempre atenta, mensagens, planilhas, etcs e quando chego em casa, tudo o que eu quero é uma comidinha leve, uma "cafofada" nas crianças e no cachorro, pra depois cair morta na cama, muitas vezes sem nem conseguir ver algo que preste na TV (até porque nem gosto de TV mesmo).

Falando em Carnaval, seios de fora (não foi o meu caso) e bloco na rua (sim, foi o meu caso), achei que a foto do cuscuz, combinaria bem com esse retorno. Esse formato que pode parecer sugestivo para alguns, é resultante do bico da panelinha de cuscuz que ganhei de uma amiga-irmã cearense, que é a coisa mais lindinha e muito útil e especial. O biquinho é justamente o local por onde entra o vapor.

Ah, o cuscuz nordestino é um prato típico, feito com farinha de milho mais grossinha e cozido no vapor. Costuma-se comê-lo logo cedo no café da manhã. Pode ter como acompanhamento qualquer coisa que seja do gosto do freguês, desde carninha refogada, molho de tomate, recheios mil até uma simples manteiguinha de garrafa com cafezinho coado na hora. É danadíssimo de bom. Atualmente existem no mercado farinhas já prontas para o cuscuz, pois o milho já vem pré-cozido. Eu costumo usar o Flocão da Kitano (não recebo nada pela propaganda, mas realmente é o mais gostoso).

Em casa gostamos de comer no café da manhã, só com manteiga e um pedacinho de queijo no meio, café com leite ou só café.

Bem, acho que agora fico devendo a foto da panelinha.