quinta-feira, 25 de junho de 2009

IGUAL MAS DIFERENTE OU VÁ MOLDAR PAÇOCAS.

Ontem ao chegar em casa após o trabalho resolvi voltar ao blog Come-se para rever a tal paçoca que havia ficado com vontade de comer e de fazer porque não vai ao fogo e achei que não é muito doce.
Logo vi que não tinha todos e nem a quantidade dos ingredientes necessários. Mas a base estava garantida.
Então no processador coloquei o amendoim, açúcar mascavo e melado de cana, sem medir nada, apenas no "zóião". E pra quebrar a cópia total, ainda juntei uma pitada de sal, assim com rima e tudo.
Eis então uma paçoca que pretendia ser igual, mas acabou diferente e ficou deverasmente boa.
E enquanto lavava a louça, já fui convocando a Bruna:

-Vá moldar paçocas !!!!!!!



quarta-feira, 17 de junho de 2009

A BELA E O FERA...

Desde sempre ela se encantou com bichos, bichinhos e bichões. Seus favoritos são os cachorros e não por acaso eles também a perseguem.

Conhece todos os "modelos", desde os galgos mais magrelos e nobres até os "guaipecas" e SRD's* mais abandonados. Segundo ela, é como se eles lhe sorrissem e ao ver um rabinho abanando ela irresistivelmente já vai fazendo amizade, dando um petisco, trazendo pra casa. Já chorou inúmeras vezes pra adotar tudo que é cachorro encontrado.

Na sequência abaixo, em Brotas, o encontro com um cachorro de uma amiga que é fujão e que quando consegue fugir de sua casa, imediatamente se refugia na da minha mãe. Isso já acontece há muito tempo e já nos achamos um pouco donos da fera - ah e o nome dele é mesmo Fera.

*sem raça definida - também conhecidos como vira-latas...










SÃO JOAÕ ANTONIO PEDRO...

Morei em Brotas até os 17 anos, quando quis bater asas, fazer faculdade, trabalhar e me mandei pra Campinas.
Depois de ter saído, não me lembro de ter ido a alguma legítima festa junina em área rural, daquelas que meu avô fazia no sítio, com fogueira, muito rojão, pipoca, quentão, e o mastro dos 3 santos: O Antonio, o João e o Pedro. Lembro de mim criança, catando flores de São João que subiam pelas cercas para enfeitarmos o mastro, lembro do meu avô que fazia a trezena de Santo Antonio, das brincadeiras e simpatias (isto já mais mocinha), que fazíamos pra descobrir com quem iríamos casar, na noite da véspera do dia de Santo Antonio - alcunha de santo casamenteiro.
E então, por essas que o destino prega, casei-me neste dia, há exatos 16 anos, com quem cujo nome nunca havia estado nos papeizinhos que colocávamos numa bacia com água pra dormir no sereno e ver qual estaria aberto no dia seguinte e que seria o tal do príncipe encantado.
E aconteceu que neste ano estávamos em Brotas e uma amiga dos tempos idos, cujos pais foram vizinhos de meus avós, me convidou para a festa junina no sítio ao qual eu não ia há muito, mas muito tempo mesmo.
A sua família tem isso por tradição e sua mãe, Dona Antonieta que já tem 92 anos, faz questão que se repita todos os anos. O esquema é convidar muita gente, fazer a reza na capelinha, erguer o mastro, e servir muita, mas muita comida boa, chocolate quente e quentão de pinga.
Foi uma noite de muita saudade, de rever gente conhecida, alguns que nem me reconheceram, outros que faziam questão de lembrar quanto tempo passou desde o tempo em que éramos crianças e jovens, enfim uma noite muitíssimo agradável, bastante frio é fato, mas recheada de saudade e alegria.


Dona Antonieta faz questão de sair da igreja e acompanhar o mastro, numa compenetração de fé irrepreensível.

Os homens erguem o mastro...

Diz a tradição que moça solteira que "soca" a terra no pé do mastro, consegue arrumar marido...

Acho que tem homem que também tá querendo casar...

A casa de um dos filhos, cheia de gente...

A igrejinha, linda e pequenina...

Fiquei com vergonha, mas fotografei a santa...

Santo Antonio três vezes...

Aquecendo...

Flagrante de uma parte das comilanças...

terça-feira, 9 de junho de 2009

FA - RO - FA

Sinceramente não entendo quem diz que não sabe cozinhar, e se contenta em dizer que a única coisa que sabe fazer é ovo cozido e Miojo.
Claro que não sei fazer tudo o que gostaria, não compro ingredientes mirabolantes e exóticos a ponto de ter o orçamento prejudicado, tenho grandes reservas com quetais de peixes crus, pratos e embutidos com sangue, dobradinha, gafanhotos, lesmas, turus, saúvas ou outros que possam inebriar a Neide Rigo. Porém, contudo, todavia, acredito que não é necessário muito esforço ou grandes conhecimentos para se fazer com simplicidade, um monte de coisa gostosa.
Como não tenho mais empregada, faço o nosso almoço pela manhã antes de vir trabalhar. Dou cabo de fazer em meia hora, quarenta minutos, coisas simples, gostosas e que eu chamo de honestas. Um repolho refogado, uma couve-flor com molho branco, uma berinjela com tomates, uma tortinha rápida com peito de frango e massa batida no liquidificador. E o que dizer das farofas. Ah, farofa todo mundo tem de saber fazer.
Afinal a farofa é um grande e democrático prato, até o nome já sugere uma lambança, uma miscelânea. Numa farofa, podemos "esconder" os legumes que as crianças não querem comer, podemos misturar o que vier à mente e tivermos na geladeira, e dá pra torná-la até um prato único. Pra mim, não há nada mais gostoso que uma "farofa de tudo" com feijão bem quentinho e uma saladinha verde.
Nesta da foto eu usei linguiça sem trema caseira, farinha de mandioca biju sem acento, banana prata preciosa, temperos a gosto em junho, cheiro verde bem verde e cheiroso.

Ah, uma parte da linguiça eu esfarelei e juntei à farinha e algumas eu deixei inteiras pra chamar a atenção.