Sem mais delongas, observo que minha participação não poderia deixar de estar condicionada à simplicidade que procuro imprimir não só nas comidas que preparo como em minha forma de viver, agir, criar minhas crianças.
Portanto, sem requerer extensa prática ou grandiosa habilidade, muito rapidamente preparei mandioca frita, escondidinho de mandioca e carne moída e como sobremesa, sagu. A respeito do sagu, há pouco tempo meu filho contou que na escola um colega achou que as bolinhas davam em arbustos...
Cozinho a mandioca em pedaços, na panela de pressão e já adiciono o sal.
A que irei fritar, corto ao meio no comprimento e retiro o fio. Deixo na geladeira de um dia para o outro, para ficar mais firme. Aliás, a mandioca a ser frita não deve estar cozida muito mole para não se desmanchar.
Aqueço o óleo, frito os pedaços aos poucos para a temperatura não baixar e não deixá-las muito encharcadas. Escorro em papel absorvente. Opcionalmente pode-se salpicar queijo ralado. Não usei.
Para o escondidinho, com a mandioca ainda quente (depois de tirar o fio), bato no liquidificador com um pouco da água do cozimento e uma colher de manteiga. Vou observando o ponto e colocando mais água se for o caso (pode-se usar leite ou nata que também dão uma cremosidade) . Num refratário untado com manteiga/margarina, coloco uma camada do purê da mandioca, a carne moída refogada com temperos a gosto e mais uma camada do purê de mandioca. Levo ao forno e sirvo quentinho. Também opcionalmente pode-se cobrir com mussarela, queijo ralado ou queijo coalho.

Quanto ao sagu, uso em receitas doces ou salgadas e quando meus filhos eram pequenos eu lhes dava muita papinha com sagu pois além de gostosa facilitava muito a deglutição e faziam uma farra com as bolinhas.Ultimamente chefs famosos brasileiros andam fazendo menus contendo "caviar de sagu" - brasileiríssimo e diferente.
Fiz o sagu mais tradicional, com vinho e açúcar, mas também costumo fazer com leite/cravo/canela e também com suco de laranja, abacaxi ou maracujá. Ah, e pode ser servido quente também, principalmente aqui, onde o clima é mais frio.
Cozinho e lavo o sagu para que não precise fazer tanta calda pois o amido é bem abundante e acaba "secando" o líquido à medida em que vai esfriando.Para cada xícara de sagu, fervo 3 xícaras de água e junto as bolinhas mexendo vez em quando até ficarem transparentes. Escorro numa peneira ou escorredor de macarrão e até lavo com água quente para as bolinhas ficarem mais soltas. Para ter menos trabalho minha mãe costuma apenas deixá-las de molho em água para hidratá-las. Faço então a calda, na proporção de duas xícaras de vinho e uma xícara de água para cada xícara de bolinhas. Uso vinho tinto doce e deixo ferver com pedaços de gengibre, canela e cravo (opcionais). Depois que a calda ferveu, junto as bolinhas e vou mexendo até tomarem o gosto e cozinhar mais um pouco. O açúcar eu adiciono a gosto e apenas ao final do preparo para que as bolinhas não endureçam (esse macete é muito importante).
Agora o creme:
Bato bem uma gema com 1/2 xícara de açúcar e despejo em uma xícara de leite fervendo. Fora do fogo misturo bem (de preferência com um batedor) e vou juntando uma xícara de creme de leite ou nata. Adiciono gotinhas de baunilha a gosto.
