terça-feira, 25 de agosto de 2009

FUI E JÁ VOLTEI...

No início de agosto fui ao Rio de Janeiro fazer um curso sobre Previdência Privada. O Hotel em que fiquei, entre o Flamengo e o Catete proporcionou-me grandes possibilidades de passear bastante por locais que por algum tempo fizeram parte do meu dia a dia, quando trabalhei na Lapa.
Pude novamente andar pelo Largo do Machado e apreciar os Abricots de Macaco, árvores imensas que dão lindas flores rosas e de seu tronco soltam grandes bolas parecendo porongos ou cuias.
Voltar ao Parque Guinle onde tantas vezes levei meu filho quando pequeno pra brincar e por alguns instantes sonhar que o Rio é uma ilha de tranquilidade e calor humano.
Passear pelas ruas de Laranjeiras onde morei, rever o porteiro do prédio, a Diretora da Escola - Dona Lenira - contar-lhe que o César já é um mocinho, bom aluno e receber de volta discretas lágrimas nos olhos de agradecimento num desabafo do quanto ela estava feliz com minha visita, como por alguns momentos levei-lhe alegria e aquele velho apelo "está valendo a pena."
Por duas vezes voltei ao Museu da República, numa delas já era início de noite e na Livraria acontecia uma noite de autógrafos à qual me juntei só pra curtir lindas músicas tocadas ao violão.
Rapidamente tirei algumas fotos e fui-me embora, pensando no Presidente que se matou ali, quanta agonia, quantos segredos de Estado, noites quentes de verão nas sacadas em companhia de seus charutos e de sua coragem ou covardia.
Na segunda vez, logo após o café da manhã no Hotel, fui caminhar pelos Jardins ver a paisagem diurna, o corre corre para o trabalho, o tai chi chuan calmo das senhoras e senhores aposentados, pássaros, fontes, a vida acontecendo.
No dia de hoje, há cinquenta e cinco anos, o então Presidente comete suicídio ali mesmo no terceiro andar.
Deixou a vida, entrou para a história e eu fico ali sentada pensando, pensando."Eta vida besta, meu Deus" como já escreveu Carlos Drummond !!!













Um comentário:

Gina disse...

Voltei do Rio há menos de 1 semana e perguntei ao taxista, quando passava pelo Aterro, o que eram aquelas árvores com "bolas". Eram os tais abricós de macaco. Já mostrei no blog suas flores, mas não conhecia essas bolas.
E o taxista acrescentou: quando projetaram isso aqui, parece que fizeram de maldade, porque elas cheiram mal e estão espalhados por todo Aterro!
Bjs.