quarta-feira, 19 de agosto de 2009

QUEBRAR ÁTOMOS ???

Na primeira semana de trabalho após minhas férias, minha empresa juntamente com algumas outras empresas públicas, patrocinou um evento Regional que teve como ponto chave o fortalecimento da equidade de gênero e a discriminação racial no mundo do trabalho.
Embora estivéssemos no início dos rumores da pandemia de gripe A, com chuva e muito frio, o público foi bem grande e muita coisa aproveitei, além da comida generosa e boa.
Aconteceu no Restaurante Madalosso no famoso bairro gastronômico de Santa Felicidade.
Fico feliz em participar de eventos onde vejo que embora aos poucos, vamos conseguindo enterrar alguns preconceitos. Se fosse fácil nem precisariam existir ações afirmativas para muitos desses assuntos, mas como diz o ditado, cada um de nós pode ser uma gota no oceano, que não seria o mesmo sem cada gota.
Além de momentos de conhecimento, interação e generosidade, ficaram algumas frases:

"Há que se desconstruir tudo o que gera desumanidades"

"Só tolerância não resolve. Precisamos ocupar o mesmo lugar."

E a máxima de Einstein: " Época triste a nossa...é mais fácil quebrar um átomo que quebrar preconceito."

Ao final do evento bati um gostoso papo com a Maria Inês Barbosa, a estrela do evento com uma linda palestra. Ela é a Coordenadora do Programa de Gênero, Raça e Etnia do UNIFEM Brasil e Cone Sul.

Duas brilhantes palestristas também: Jana Guinon - Coordenadora Cultural Executiva da Ong
Estimativa Rio e Cidinha que apresentou um relato sobre discriminação e ações afirmativas no mundo do trabalho.

O Presidente do Serpro

A mestre de cerimônias - Dulcinéia Novaes - Rede Globo, plim plim

E pra não dizer que não falei das flores que eram perfumadíssimas e lindas.


Fica a música do Gilberto Gil: A MÃO DA LIMPEZA
(Para ouvir com Chico Buarque e Gil http://www.youtube.com/watch?v=tzFxd4gxbpQ )

O branco inventou que o negro
Quando não suja na entrada
Vai sujar na saída, ê
Imagina só
Vai sujar na saída, ê
Imagina só
Que mentira danada, ê
Na verdade a mão escrava
Passava a vida limpando
O que o branco sujava, ê
Imagina só
O que o branco sujava, ê
Imagina só
O que o negro penava, ê
Mesmo depois de abolida a escravidão
Negra é a mão
De quem faz a limpeza
Lavando a roupa encardida, esfregando o chão
Negra é a mão
É a mão da pureza
Negra é a vida consumida ao pé do fogão
Negra é a mão
Nos preparando a mesa
Limpando as manchas do mundo com água e sabão
Negra é a mão
De imaculada nobreza
Na verdade a mão escrava
Passava a vida limpando
O que o branco sujava, ê
Imagina só
O que o branco sujava, ê
Imagina só
Eta branco sujão

Um comentário:

Cris disse...

Oi Ana! Que postagem legal sobre o projeto! Legal seu envolvimento em causas nobres assim. E esta bonitona no meio das apresentadoras é você? Bjs!