Atire a primeira pedra quem nunca jogou talos e folhas dos legumes fora !!! Quem já mandou tirar as mesmas desde o supermercado ou a feira, "pra não fazer peso", "pra não ocupar espaço na geladeira" "cozinhar e comer isso é coisa de pobre" e outras tantas desculpas, paradigmas esfarrapados e preconceitos arraigados.
Pensando nisso resolvi que minha segunda contribuição para o Rei da Quinzena do COLHER DE TACHO seria algo muito simples, mais ainda do que fazer beterraba cozida em salada. Pensando na máxima do programa Sesi Cozinha Brasil "Nesta cozinha nada se perde, tudo se transforma", não precisei de muita coisa ou de queimar a cachola pra fazer esta farofa, que além de nutritiva ainda permite dar destino a sobras e/ou aqueles invariáveis potinhos que temos na geladeira e restinhos de farinhas em saquinhos, saquinhos e mais saquinhos:
Fiz assim:
Refoguei em um pouco de margarina, cebola e alho picados, talos e folhas picadinhos de uma beterraba (rende muito).
Juntei uma beterraba pequena ralada, 1 pires de sobras de arroz cozido, 1 pires de farinha de mandioca biju (aquela flocada) e algumas azeitonas picadas. Sal a gosto e comer a gosto também.
Devidamente devorada e elogiada pelas crianças.
6 comentários:
No Brasil, há sempre essa mania de discriminar comida. Não vejo isso em nenhuma comunidade aqui e geralmente apreciam a folhagem da beterraba. Os asiáticos comem verduras ilimitadas de tudo que é jeito. As pessoas deviam deixar de besteiras e entender que comida vale pelo conteúdo nutritivo e não tem "status" social.
Ah, esqueci de mencionar que o café-da-manhã do nosso aniversário de casamento foi ovos benedict -(com bolinho de caranguejo e espinafres) acompanhados de batatas com ervas finas assadas, tomates recheados e aspargos.
Aproveitar as folhas é sempre muito saudavel, eu amo folhas de cenoura refogadas, hummm
Beijos
Convenhamos, há, sim, saborosas receitas culinárias que foram criadas a partir do uso de ingredientes que as diferenciam e aos quais os pobres, os que estão à margem do mercado consumidor não têm acesso. Infelizmente, por diversas razões que não cabe aqui mencionar, são esses, os pobres, os que geralmente ainda se mostram pouco interessados na busca e na descoberta de novos sabores, de novas possibilidades de uso e de combinação de alimentos de baixo custo( ou de custo zero), saborosos, saudáveis e nutritivos. Aqui no Brasil, pelo que sei, muitos são os que não podem comprar, por exemplo, as azeitonas, o arroz, a beterraba que você incluiu nessa sua receita, ou o iogurte que integra aquela receita que Agdah acaba de nos apresentar e nem o leite (que seria necessário para fazer o que quer que fosse para substituí-lo) e nem o tomate que dela também faz parte. Ou seja, aqui no Brasil, muitos pobres sequer sonham degustar certos alimentos, certas comidas consideradas por muitos de baixo custo. Talvez, para eles, essas duas receitas, a sua e a da Agdah, sejam ainda uma mera abstração. Infelizmente. Abraços. Tutti.
Olá sou Ju e como tenho anemia e talassemia,me interessei muito por essa receita,beterraba tem que fazer parte do cardapio diario...vou experimentar !!!!
Adorei a idéia Ana, principalmente a de aproveitar tudo! Parabéns!
Beijocas
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