quinta-feira, 6 de março de 2008

O QUE FOI SEM NUNCA TER SIDO


Passeando pelos meus favoritos outro dia, ao visitar a ODETE no PAPRIKA NA FEIJOADA
fiquei literalmente salivando pela foto do prato que ela fez.
Como nunca havia utilizado a semolina, fui lépida e faceira comprar a tal e dê-lhe fazer igualzinho a explicação.
Acho que deu tudo certo, alguns gruminhos na massa, mas confiei, provei e gostei.
Deixei esfriando, fui dar uma olhadinha e achei que estava mole. Deixei dormir na geladeira e no dia seguinte constatei que ainda estava mole e nao seria possível cortar.
Trabalho feito, ingredientes usados, tempo e dedicação..........sabe quando que vou perdê-los ???? Nunquinha.
Botei tudo de novo dentro de uma tigela, e fui juntando aos poucos um pouco de farinha de trigo, um pouco de semolina, e ao final um tantinho de sal.
Valei-me minha Nossa senhora da santa vovozinha italiana que tantas vezes eu acompanhei fazendo nhoque, capeletti, e tudo o mais da cozinha da italianada.
Ah, e não podia esquecer da viradinha com o garfo que no começo eu não estava fazendo direito, mas depois me lembrei que temos de segurar o garfo e puxar a bolinha pra que ela vire.
Bem, era um misto de estar me safando de algo que tinha dado errado e ao mesmo tempo um temor de que tudo na hora de cozinhar desandasse de vez. Então já fui colocando água pra ferver com um tiquinho de sal pois se não desse certo não perderia mais tempo enrolando toda a massa.
Mas, não é que ficou direitinho e macio ????
Aí terminei de cortar os pedacinhos deixei "secando" sobre a mesa e fiz um super molho com um pedaço de carne com osso (acém), tomates pelados em água quente, temperitos, alho e cebola e panela de pressão em fogo lento pra ficar bem apurado e gostoso.
Molho pronto, cozinhei as bolinhas, fui colocando o molho conforme saíam da áqua quente e quando terminei, queijo ralado e um tantinho de forno pra aquecer e derreter o queijo.
Depois de muitos hums, nhuns, nhacs e nhocs...... foi que contei a confusão. Mas todos aprovaram o tal do nhoque à romana que foi sem nunca ter sido.

5 comentários:

laila radice disse...

Ana eu bem sei o trabalho de virar no garfo...em casa td nhoque tem q ser riscado...mas temos uma utensilio q facilita mto o trabalho...ele nao só risca como forma uma conchinha...ficam graciosos...

agora afzê-los com semolina deve ficar uma delicia....e molho tá lindo...adoro pedaçudo assim! bjs

Natural Naturalmente disse...

Ana, há 25 anos, tentei fazer um prato semelhante,era para ser um jantar romantico, a minha sorte era ser recem casada.
Fomos os dois jantar fora num restaurante romantico....
Adorei o seu "que foi sem nunca ter sido" ficou maravilhoso.
Parabens.
Márcia

Filipa disse...

Ana que trabalheira!!! Mas ainda bem que no final deu tudo certo :)

Beijinhos

Luciana Macêdo disse...

Você é uma moça persistente amiga, e no final deu certo. Que bom! Nhoque é a minha massa preferida. Também faço com semolina.
Bjs!

Odete disse...

Ana querida, so agora vi sua luta com "o que foi sem nunca ter sido".
Que bom humor e criatividade para sair de uma situacao como essa. Ja tinha comido esse nhoque muitas vezes, mas foi a primeira vez que fiz seguindo fielmente a receita do livro.Omitindo como disse, apenas parte da manteiga, por achar demasiado. Felizmente pra mim deu tudo certo, a massa nao endurece muito mesmo, mas deu p/ cortar e eles ficaram leves e delicados depois de prontos. Ainda bem, porque minha pouca experiencia na cozinha nao me permitiria inovar como voce o fez, revertendo a situacao de caos eminente. Tenho ainda da mesma semolina e repetirei a receita. Vou colocar la no post uma observacao, pois se alguem tentar e nao conseguir o ponto certo, pode fazer como voce fez, acrescentar um pouco mais de semolina e farinha.
Parabens por seu prato final, parece otimo. Com persistencia e boa vontade voce venceu!
Beijo p/ ti.